No mês em que se celebram a luta e a resistência dos povos originários, o Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, situado em Porto da Folha, celebrou o ‘Dia dos Povos Indígenas’. A celebração foi marcada por uma programação com apresentações, rodas de conversa e atividades que reforçaram a importância da cultura indígena para a construção da identidade brasileira.
Com uma proposta pedagógica que integra os saberes ancestrais às diretrizes da educação básica, a escola é a única da rede estadual de ensino voltada exclusivamente à educação escolar indígena e tornou-se referência em Sergipe na valorização da identidade, das tradições e dos direitos dos povos originários, em especial o povo Xokó.
A unidade de ensino promove ações que ajudam os alunos a se sentirem representados e valorizados, com foco em temas como diversidade, inclusão, pertencimento e protagonismo. As atividades realizadas na instituição ajudam os alunos a se sentirem representados, principalmente com debates sobre diversidade e inclusão, apresentações culturais e projetos que dão espaço para os estudantes falarem sobre suas origens, tradições e lutas.
Para a diretora da instituição, Ângela Apolônio, o colégio é mais do que um espaço de ensino, é um território de fortalecimento da cultura indígena e de formação cidadã. “Aqui, cada gesto pedagógico é pensado para acolher, respeitar e valorizar as raízes dos nossos estudantes. A escola não é apenas um lugar de aprendizado, mas também de valorização, identidade e construção coletiva”, destaca.
O estudante Thawã Raell ressaltou o que significa estudar em uma escola que valoriza a cultura e a identidade indígena. “É uma forma de me sentir visto e respeitado, além de fortalecer o meu senso de pertencimento. Quando a escola reconhece nossas raízes, contribui para que a gente tenha orgulho da nossa história e aprecie a nossa essência”, afirma.
Thawã também reforçou que a escola tem buscado preparar os estudantes para o futuro sem deixar a cultura indígena de lado. “Isso acontece quando ela une o ensino tradicional com o respeito às nossas vivências e saberes, mostrando que a educação pode caminhar juntamente com a valorização cultural, enriquecendo uma à outra”, completa.
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