Com o objetivo de qualificar a assistência oferecida nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e ampliar o acesso da população aos testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu, nesta quarta-feira, 23, uma capacitação voltada a enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS).
A ação buscou aprimorar a execução dos testes rápidos e sensibilizar os profissionais sobre a importância do diagnóstico precoce, especialmente entre populações mais vulneráveis, como trabalhadores sexuais, pessoas em situação de rua e homens que, muitas vezes, não frequentam as Unidades Básicas de Saúde.
De acordo com a responsável técnica pela área de testagem rápida da SES, Kátia Marília, a ação responde a uma necessidade identificada durante visitas aos municípios. “A gente tem visto, presencialmente, a deficiência na execução dos testes. Por isso, reunimos profissionais da ponta para garantir que a testagem seja feita da forma correta e que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico e ao tratamento oportuno”, destacou.
Kátia reforçou que, além de disponíveis em todas as UBS, os testes devem ser ofertados de maneira estratégica e sigilosa. “É importante que o profissional aproveite momentos de outros atendimentos, como consultas de rotina, para oferecer os testes de forma espontânea e acolhedora, garantindo o sigilo e fortalecendo o vínculo com o paciente”, explicou.
Segundo o responsável técnico pelo programa de IST/Aids e Hepatites Virais da SES, o médico Almir Santana, a testagem rápida é uma das práticas mais relevantes do SUS na atualidade. “É o começo de tudo. Quando testamos precocemente, conseguimos iniciar o tratamento e impedir que o vírus se espalhe. Isso beneficia tanto o indivíduo quanto a coletividade”, afirmou.
A enfermeira Viviane Silva, que atua na Atenção Primária, ressaltou a importância do preparo técnico para lidar com a realidade dos territórios. “A capacitação foi essencial para que possamos oferecer um diagnóstico fidedigno e garantir o melhor encaminhamento possível para o paciente. Em municípios pequenos, o sigilo é fundamental para que as pessoas se sintam seguras em procurar o serviço”, disse.
Mín. 16° Máx. 27°