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65 anos de Brasília: distritais pleiteiam cidade que desejam para o futuro

Na esteira do aniversário de 65 anos da capital do Brasil, celebrado nesta segunda-feira (21), os deputados da Câmara Legislativa discursaram na se...

22/04/2025 às 20h48
Por: Divino Candido Fonte: Agência CLDF
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Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital
Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

Na esteira do aniversário de 65 anos da capital do Brasil, celebrado nesta segunda-feira (21), os deputados da Câmara Legislativa discursaram na sessão ordinária desta terça-feira (22) sobre o modelo de cidade que desejam para o presente e o futuro de Brasília. Entre queixas e declarações de amor ao DF, cobranças na saúde, educação e transportes despontaram como pontos mais comentados pelos parlamentares.

“É preciso que a Câmara Legislativa se levante contra essa situação na saúde pública do DF. Tem que encontrar uma saída, não pode continuar desse jeito, à míngua. Tem gente saindo de Brasília para se tratar no Piauí, Maranhão, porque o atendimento aqui realmente está inaceitável. As pessoas estão me ligando dizendo que o parente delas vai morrer”, contextualizou o decano da Casa, deputado Chico Vigilante (PT), ao iniciar as falas em plenário.

De modo análogo, o também distrital Max Maciel (Psol) relatou ter recebido uma série de reclamações da população para problemas na rede pública de saúde do Distrito Federal. Unidades de Pronto Atendimento (UPA) sem pediatras, pessoas internadas em macas são episódios ocorridos nos últimos dias, que conforme informou Maciel, se somam a outras denúncias, como macas emendadas com gazes e pacientes usando caixas como encosto de cabeça.

“O problema da saúde é de gestão sim, nós temos um orçamento de 14 bilhões. A verdade é que a saúde do DF não tem sido prioridade e isso é uma decisão política", criticou Dayse Amarilio (PSB). “Para onde está indo o dinheiro da saúde no DF? Porque para as pessoas a gente não vê, a população está peregrinando nas UPAS e nos hospitais”, completou a distrital, que preside a Comissão de Saúde da CLDF. 

“Quantas pessoas já perdemos por falta de política pública? Por falta de humanidade?”, questionou a deputada Paula Belmonte (Cidadania).  

Com foco na história da cidade, o parlamentar Gabriel Magno (PT) lembrou que o cenário na saúde pública nem sempre foi esse. Ele apontou que a cidade se antecipou à própria construção do Sistema Único de Saúde, pois já na década de 1960 Bandeira de Mello apresentou um Plano Diretor de Saúde que previa um sistema público que garantisse acesso universal.  

Segundo Magno, uma das vias para reconstruir os serviços está nas mãos do próprio Legislativo, que no exercício do seu poder fiscalizador pode cobrar reformas da política comandada pelo Executivo. Citou, como exemplo, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges). Protocolada em 2024 na Casa, segue na fila das CPIs a ser instalada na Câmara Legislativa

Caminhos para a educação 

Nas palavras do parlamentar Pepa (PP), Brasília “simboliza o sonho de um país unido, moderno e acolhedor”. Na mesma linha, Magno concordou que a cidade é a capital dos sonhos, da esperança, da democracia e das oportunidades. Contudo, o petista contrastou tal imaginário com a realidade que cidadãos de todas as regiões administrativas enfrentam no dia a dia da educação.  

À frente da Comissão de Educação da CLDF, Magno comentou que professores da cidade que já ganharam os maiores salários do Brasil, hoje ocupam as piores posições nacionais. Na sequência acrescentou que amanhã (23) docentes promovem uma assembleia para negociar com o Buriti a recuperação das perdas salariais ao longo dos anos. 

Também no campo da educação, o distrital Ricardo Vale (PT) comemorou o anúncio no governo de que vai adotar um cartão uniforme para alunos de baixa renda adquirirem peças. Segundo ele, atrasos e erros nas vestimentas se sucedem sem que se chegue a resolver a questão. Vale apontou que tramita na Câmara Legislativa um projeto da autoria dele dedicado a tratar dessa matéria, o de nº 505/2023 . “Vamos acelerar a tramitação para que seja aprovado e o governo  regulamente”, declarou Vale. Com a medida, espera potencializar a produção de confecções e indústrias locais.

Transporte para o futuro 

Outra pauta que atravessou os discursos foi a mobilidade. “O transporte é caro para todos nós, bilhões e bilhões de reais são tirados do nosso bolso para subsidiar os grandes empresários do transporte de Brasília”, disparou Belmonte. Além de constatarem as adversidades, os deputados também propuseram soluções.

Maciel, por exemplo, detalhou que ao menos 117 cidades no Brasil zeraram as tarifas de transporte público. Nesse sentido, o deputado celebrou que nos fins de semana e feriados a população do DF possa transitar pela cidade de graça no transporte coletivo, política implementada neste ano .

Maciel, que preside a Comissão de Mibilidade da Casa, vislumbrou os efeitos positivos da mudança. Em comparação com o Carnaval de 2025, quando ainda se cobrava a tarifa, no feriadão da última semana o uso do transporte público aumentou 71%. Na média geral, verifica-se um crescimento de 51% quando se analisam os finais de semana e feriados como um todo.

Na próxima sexta-feira (21), o Legislativo do DF sedia um seminário sobre o Tarifa Zero. Membros do governo, representantes federais, e especialistas se reúnem a partir das 14h, na Sala das Comissões, para estudar a ampliação do deslocamento gratuito pelo DF. A participação é aberta ao público. 

Daniela Reis - Agência CLDF

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