O segundo dia de programação da 4ª Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária em Aracaju reuniu autoridades sergipanas, que puderam ouvir as demandas dos participantes que atuam no segmento. O evento acontece nesta terça-feira, 8, na capital, com grande presença de representantes dos territórios sergipanos que ano passado também se reuniram em encontros preparatórios.
Com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) e em parceria com o Fórum Estadual da Economia Popular e Solidária, a conferência é essencial para construir as propostas do estado que serão levadas para a conferência nacional. Esta próxima etapa está prevista para acontecer no mês de agosto, em Brasília (DF), também com foco no desenvolvimento da política pública para o trabalho associativo e de cooperação.
Durante a manhã, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, foi uma das autoridades que estiveram presentes na reunião, que acontece desde segunda na Comunidade Católica Bom Pastor, no bairro Dom Luciano, na zona norte da capital. Para Macedo, o desafio do poder público é fomentar as formas das pessoas obterem renda, trabalho e viver com dignidade. “A economia solidária é uma forma de empreendedorismo solidário construído coletivamente. Se está feito conjuntamente com o apoio do poder público, do Governo Federal, do Governo do Estado, das prefeituras, possibilita que o povo possa organizar as suas potencialidades, seja no artesanato, seja na culinária, seja nos aplicativos populares sendo feitos coletivamente pelo povo. Então é uma forma do povo se organizar, ter espaço para ter renda, ter emprego e poder viver com dignidade. O fundamental desafio que a gente tem é ampliar o trabalho e a renda das pessoas”, ressaltou Macedo.
Para o secretário de Estado do Trabalho, Jorge Teles, é preciso fortalecer a geração de oportunidade em todas as suas formas. “Desde o emprego formal até o apoio aos empreendimentos solidários. Contem com a secretaria, nós vamos avançar muito mais. Temos um governador focado na geração de oportunidades de renda para a população sergipana; esse é o nosso desafio. Sergipe vive um momento histórico em nossa economia, que está crescendo, e é o momento oportuno de nós criarmos todos os mecanismos de apoio para a economia popular e solidária. Queremos ouvir todos para que a gente possa ofertar uma política pública cada vez mais consistente”, declarou o gestor estadual.
O vereador de Aracaju Elber Batalha também esteve presente durante a manhã da 4ª Conferência Estadual, a qual ele classificou como sendo de suma importância por agregar, incluir e levar a riqueza produzida para os rincões mais longínquos do estado e também da capital aracajuana. “Essa Conferência de Economia Popular e Solidária é um marco. Depois de 11 anos, voltamos a ter uma conferência. É a troca de experiência, as propostas de novas iniciativas, de novos projetos. Essa pequena economia leva cerca de 70% da comida à mesa do trabalhador, da mesa da sociedade e também movimenta de forma significativa a economia co nosso país”, pontuou.
Vindo da cidade de Cristinápolis, Rafael Oliveira, que é membro da União das Cooperativas da Agricultura familiar e Economia solidária de Sergipe (Unicafes), fez questão de participar da programação que para ele também foi oportunidade de reencontro com os colegas de luta. "É de grande importância para a gente, na economia solidária, as pessoas reclamarem e discutir a política pública, não só para a sociedade civil, que aqui a gente representa, mas para o setor público ouvir as demandas e, assim, botarmos em prática a lei. Tem sido de grande satisfação obter conhecimento e também rever os companheiros de luta de longo tempo e assim reafirmamos parcerias entre a sociedade civil e o governo. Para a gente, tem sido bastante produtivo, e também tem trazido mais confiança para as nossas bases que esperavam por essa retomada”, comentou o participante.
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